quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

LISA STAINSFIELD: UMA VIAGEM PELA SOUL MUSIC

Affection, lançado em 1989 remava contra a maré do pop dançante, mergulhando na melancolia, introspecção e bem estar

Por João Messias Jr.


Affection
Divulgação
Quem assistia o saudoso Clip Trip nos saudosos anos 80 e 90, lembra da explosão das divas do pop. Sem julgar se a música é melhor ou não que a feita pelas moças hoje, a verdade é que havia algo genuíno nos discos de cantoras como Paula Abdul, Debbie Gibson e a nossa resenhada de hoje, Lisa Stainsfield.

E nada mais interessante do que falar do seu primeiro trabalho, Affection. Lançado aqui em 1989 via BMG, confundiu a cabeça de muitas pessoas por causa das músicas de trabalho, This is the Right Time e All Around the World, que chegavam mais próximo ao balanço dançante das cantoras citadas acima. Mas aqui a coisa é diferente, pois Lisa investe mais no soul e na introspecção e as músicas chegam perto daquele clima da Motown, só que com alguns enxertos eletrônicos e alguma coisa do jazz.

Essas características podem ser encontradas inclusive nas músicas citadas no parágrafo anterior, mas eles são mais evidentes em Live Together, que tem um interessante jogo de vozes; Poison e a faixa-título recebem um baixo marcado bem sacado e Where are you Coming Back é ideal para ouvir com a pessoa amada ou quer conquistar. Mesmo o final mais experimental com Wake Up Baby e The Way You Want It não muda a vibe do disco, que é agradável e pode ser ouvido repetidas vezes sem enjoar.

Affection não vai agradar aqueles que curtem um som mais “agitadinho”, mas quem que aprecia música com muito balanço e um clima mais “up”, vai se deliciar.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

FESTINHA ANOS 80: “MÚSICA BOA NÃO TEM DATA DE VALIDADE”

Recordar é viver!
Que as festas-tributo aos anos 80 vem fazendo muitas pessoas recordarem uma época de felicidade  em suas vidas não é um fato, mas uma contastação.
Só que muitos confundem as décadas e acabam misturando as estações, colocando músicas dos anos 70 e 90.
E aí que entra os nossos entrevistados de hoje. A Festinha Anos 80 reproduz um repertório exclusivo da época, inclusive nos figurinos.
Um dos seus organizadores,  Ricardo Abrahin nos conta das festas e muitos outros aspectos que além de esclarecerem as dúvidas, saciarão os leitores aficionados pelos produtos dessa época.
Confiram:

Por João Messias Jr.

LADO RETRÔ: Vocês criaram a “Festinha Anos 80” para mudar o conceito de festa flashback.
Interação de público e banda
Foto: Martin Lazarev
No que acham que as festas que realizam são diferentes das que ocorrem pelo país?
Ricardo Abrahin: Percebemos que no subconsciente das pessoas existem associações de estilo musical que acabaram ficando marcadas. Vamos tomar como exemplo o nome “Festa Flashback”. Quando as pessoas lêem esse termo, diretamente associam a uma festa onde toca – em sua maioria - anos 70, geralmente com muito Abba, Village People, Bee Gees, Tim Maia e raramente um Earth, Wind and Fire, sem nunca pensar em Afrika Mambata, Led Zeppelin, Kansas, Deep Purple e outros, com estilos que também pode funcionar muito bem na pista se tiverem a música bem selecionada.

Agora vamos para nosso tema principal, os anos 80. Quando se fala em “Festa Anos 80”, foi fixado um conceito de “Festa Infantil para Adulto”, onde vai tocar Trem da Alegria, Xuxa, Absyntho, Mamonas Assassinas (que aliás, é uma banda dos anos 90), Paquitas e por aí vai. O que nos perguntamos foi “Quem diabos ia para uma danceteria ou boate na década de 80 para ouvir isso?”. Dessa forma pautamos a festa pela qualidade musical.

Os DJs recriam o ambiente das casas noturnas da época, com boa música eletrônica além de rock nacional e internacional. A festa também traz sempre duas bandas tocando rock da época. Para oferecer variedade ao público, sempre montamos dois ambientes, sendo um de shows, onde além das bandas, um competente DJ, o Marcelo Peixe – que abre a noite e toca entre e após as bandas - toca músicas com uma pegada mais dançante, onde nunca faltam Dead or Alive, Front 242, Information Society, Kon Kan entre outros. No outro ambiente temos a parceria da festa “New Wave Hookers”, dos competentes Kleber Tuma e Felipe Varne, que tocam rock nacional, internacional e também vertentes de eletrônico, sempre com uma seleção de repertório impecável.
Além disso, começamos na última edição a “TV Festinha”. Durante a festa, nos telões,  rolam 9 horas de programação de TV com matérias sobre fatos marcantes da década - como a queda do muro de Berlim - além de traillers de filmes, comeciais e alguns trechos de filmes da época.

LR: Como é feito o repertório de estilos e apresentações?
Ricardo: A equipe da “New Wave Hookers” sempre faz repertório incríveis, um pouco mais puxados para o rock para dançar, tanto nacional quanto internacional, e o DJ Marcelo Peixe sempre coloca na mesa as ideias para a festa e acabamos batemos um bom papo sobre que caminho de eletrônico seguir, baseado no local do evento e no que esperar do gosto musical do público. A única restrição feita é que não haverá música considerada como “brega de anos 80” ou músicas infantis.

LR: Desde então, foram realizadas duas edições. Qual o saldo e as lições aprendidas com os eventos?
Ricardo: Acho que o mais importante até agora foi perceber que existe SIM público para música de qualidade. As pessoas só não apareciavam porque o produto não era oferecido. Digo isso sempre, na página da festa no facebook, que temos muito orgulho em preparar esse evento para nossa “família” da Festinha Anos 80. Eles sempre respondem à altura. Cada evento tem sido melhor que o outro. Tivemos shows incríveis com a minha banda, a FM 80, além de atuações e respostas fantásticas do público nas outras edições com a “Banda Replay” e a “The Smiths Cover Brasil”. Ficamos felizes em encher o evento com pessoas de bom gosto musical!

Banda ao Vivo
Foto: Divulgação
LR: Recentemente houve um interesse nos anos 80. Como enxergam essa busca de informações do período e qual o lado positivo e negativo disso.
Ricardo: O lado positivo é que fica comprovado música boa não tem data de validade. Vejo uma grande leva de jovens que escutam, e têm como ídolos, artistas e bandas que tiveram seu auge antes mesmo deles terem nascido.

O lado negativo é a triste constatação que tem pouca coisa boa chegando à mídia. Não vou usar nunca o jargão engessado “porque não tem nada de bom sendo feito hoje”. Tem sim! Muita coisa boa, mas não chega nas rádios brasileiras, não atingem em massa nosso público. Produzo e sou DJ de uma outra festa. A Brainstorm, onde tentamos à cada edição trazer bandas desconhecidas aqui, como Dead Sara, Nico Vega, Walk the Moon, Hanni El Khatib, The Constellations, Imagine Dragons, Of Monsters and Men (que agora já nem é tão desconhecida assim, vide o público que se reuniu para ouvi-los na chuva no último Lollapalooza), assim como hits de bandas já conhecidas.

No Brasil, da mesma forma, o que não é de “fácil digestão” também é ignorado, principalmente se tratando de composições com registro de problemas sociais. Você tem, por exemplo o “Teatro Mágico” fazendo shows com um público fiel e batalhando tudo por conta própria. Até no samba, produto legitimamente nacional, isso acontece. Pegue um nome como Micheline Cardoso, por exemplo, que tem um mistura de samba com eletrônico, muito bem arranjado pelo Luiz Antônio Gomes e que acaba tendo mais projeção de mídia no exterior - principalmente na Europa – do que aqui no Rio.

LR: Agora falando um pouco do passado, quais discos que mais gosta do período?
Ricardo: É bem difícil resumir, principalmente por ter um gosto bem eclético, mas começaria pelo “Creatures of the Night”, do Kiss, que foi o LP que marcou minha infância. “Misplaced Childhood”, do Marillion; “Thriller”, do Michael Jackson; “Brothers in Arms” e “Money for Nothing” do Dire Straits; “Legião Urbana” e “Dois” do Legião; “O Concreto Já Rachou” e “Nunca Fomos Tão Brasileiros” da Plebe Rude; “Correndo o Risco” do Camisa de Vênus; “Cabeça Dinossauro” e “Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas” dos Titãs; “Cinema Mudo” e “Passo do Lui” do Paralamas; “Capital Inicial”, do Capital; Eu ficaria aqui alguns dias citando todos.

LR: O que acha da música produzida hoje?
Ricardo: Como havia dito antes, só chega na grande massa o que for de muito, mas muito fácil digestão. O que é um paradoxo total com o aumento da influência da Internet na vida das pessoas. É como se você mostrasse um cardápio com um milhão de opções e as pessoas acabarem sempre pedindo arroz, feijão, filé e fritas. Faz você pensar que, ou as pessoas não sabem onde buscar ou estão realmente satisfeitas com a insuficiência musical que está mandando nas rádios.

LR: Nesta eu vou citar algumas grupos/artistas que fizeram sucesso nos anos 80 e queria sua opinião: Menudo, Chacrinha, Música New Wave e Polegar.
Ricardo:
Menudos: Uma “boy band” que emplacou por aqui pela proximidade do idioma. Produção inteligente, que direcionou músicas para o mercado interno fazendo versões em português. Acertaram em cheio no gosto adolescente. Goste ou não, em termos de mercado foi genial!

Chacrinha: “O” Comunicador. Sabia exatamente o que mostrar e para quem mostrar. Revelou muita gente boa. E ruim também.

Música New Wave: Produziu a maior quantidade de “one hit wonders” da história, que ainda fazem sucesso em qualquer edição de nossas festas. Subverteu a música com suas batidas eletrônicas acompanhadas de guitarras da influência do punk . Música, visual, estilo, tudo junto. Tomou embalo em dias de começo de MTV, onde tudo aquilo era um banquete e tanto para olhos e ouvidos.

Polegar: Pegou a onda de “boy band” na versão “made in brazil”. Acertou muito como produto pop.

LR: Para encerrar: a próxima edição do evento acontece no dia 29 de junho, no Teatro Odisséia.
Cartaz da Próxima Edição
Divulgação
Quais as expectativas para essa celebração?
Ricardo: Até o momento dessa entrevistas temos aproximadamente 500 confirmações de presença em redes sociais, com apenas 4 dias de lançamento do evento. Nessa edição trouxemos a nova banda do Rodrigo Quik (ex-Perdidos na Selva), a Power Hits, para uma show só com rock nacional dos anos 80.

Nossa expectativa, como sempre, é fazer nossos clientes felizes! Não tem preço ver a pista de dança cantando junto com o as bandas, dançando ao som dos DJs, fazendo coro nas músicas. Cada sorriso, cada grito de alegria quando começa uma música que você só ouve na nossa festa.

LR: Obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem para os leitores do LADO RETRÔ.
Ricardo: Em nome da nossa equipe, a “Dos Tequilas” (eu – Ricardo Abrahin, Suirá Silva e Alexandre Brandão) e da produção do Grupo Matriz, agradecemos pela sua leitura e convidamos para a próxima edição da “Festinha Anos 80” no teatro Odisseia, dia 29 de junho!
www.facebook.com/FestinhaAnos80/

segunda-feira, 22 de abril de 2013

PAULA ABDUL: PARA OUVIR E DANÇAR

"Cantora fez muito sucesso entre o fim dos anos 80 e início dos 90 com uma mistura de pop, soul e dance music"

Por João Messias Jr.

Forever Your Girl
Divulgação
Paula Abdul foi uma das queridinhas da música entre o fim dos anos 80 e começo dos 90, com uma mistura dançante de pop, soul, dance music e muita sensualidade.

Antes de cantar, Paula era coreógrafa e teve como "clientes", artistas como Michael e Janet Jackson. Com essa visualização, conseguiu um contrato com a gravadora Virgin, e por meio dela, lançou seu primeiro disco, chamado Forever Your Girl.

Neste álbum, de 1988, a morena de lábios carnudos era figura constante nos programas videoclípticos, que fizeram muito sucesso neste período, principalmente com Straight Up, cujo refrão cola na mente aos primeiros segundos.

Só que o disquinho não fica restrito nesta canção, pois é recheado de canções de impacto, como Knocked Out, Opposites Attract, a faixa título e One of the Order.

Depois deste álbum, Paula alimentou sua carreira com alguns bons discos e outros nem tanto, deu uma sumida estratégica e recentemente reapareceu como jurada de um reality show musical americano. 

Hoje, com mais de 50 anos, continua bela, talvez até mais do que antes, mantendo sua marca registrada: os lábios carnudos.

Enquanto a morena não lança um novo trabalho ou mesmo visita seus fãs brasileiros, procurem conhecer este trabalho, pois como eu disse nas primeiras linhas, é feito para ouvir, dançar e se encher de boas energias.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

VERÔNICA PIRES: SINCERIDADE E SERIEDADE

"Cantora é conhecida como a melhor Madonna Cover da América Latina"

Conhecida por seu trabalho como Madonna Cover, além de apresentações em programas de TV, Brasil e exterior, a cantora bate um papo com o Blog Retrô explicando sobre seu trabalho, shows e muito mais.
Confiram a entrevista!


Por João Messias Jr.

Verônica Pires
Foto: Divulgação
LADO RETRÔ: Quando  você começou a fazer esse trabalho?
Verônica Pires: Por volta de 1991 assisti ao filme Na Cama com Madonna, foi quando me identifiquei com ela e resolvi começar esse trabalho. Durante alguns anos, foi mais uma coisa de fã para ídolo, mas com o tempo, tornei-me uma profissional e passei a viver disso.

LR: Infelizmente as pessoas confundem um trabalho cover com oportunismo. Conte-nos os cuidados e preocupações que há por trás de tudo.
Verônica: Para te falar a verdade, existem coisas desse tipo. Grupos que são criados para aproveitar uma onda, ou um grupo de sucesso. Se você  fizer uma avaliação desse mercado, vai ver que somente os mais profissionais permanecem.
Entrar no mercado não é o problema. O problema é permanecer e ser respeitado, o que é algo muito difícil.

LR: Acredito que deve ser uma correria só quando o artista original muda o repertório. Como você prepara a atualização das músicas e figurino.
Verônica: É a parte mais complicada e estou passando por isso nesse momento, com o novo show a Madonna. É necessário avaliar o repertório, buscar pelos instrumentais, mandar confeccionar os figurinos que vou utilizar e é claro ensaiar as coreografias. Fora isso, ainda tem a produção áudio visual do meu show, que é um trabalho à parte.

LR: Você  fez apresentações no Brasil e exterior. Há alguma história engraçada ou curiosa que tenha passado que possa contar?
Verônica: Como você disse, já me apresentei no Brasil e na América do Sul... No Paraguai, por exemplo, eu tive um grande público no show de Assunção... O detalhe é que eu não falo muito bem espanhol, mas foi engraçado eles tentando entender o que eu falava em português... Eles curtiram muito!

Outra passagem legal foi em Divinópolis, em Minas Gerais. Eu cheguei para passar o som e tinha umas 20 pessoas me esperando. Isso era 5 da tarde. Eles estavam lá desde cedo, pois estavam vindo de outra cidade.

Coloquei todo mundo pra dentro e passei o som com eles. Foi muito gratificante esse contato com os fãs que eu nem sabia que tinha.

Verônica Pires Ao Vivo
Foto: Divulgação
LR: E como você conhece todos os trabalhos da cantora, o que você acha dos seus atuais trabalhos e qual aquele que você mais gosta de toda a discografia?
Verônica: É tudo um trabalho de pesquisa. Quando comecei não existia a internet. Era mais difícil. A gente tinha que esperar por revistas, jornais e vídeos. Não tinha outra forma. Hoje em dia é tudo muito rápido. O show dela nem acabou e você já tem tudo na internet. É só ter os contatos certos que o material vai aparecendo!

Quanto ao trabalho atual da Madonna, acho que ela está devendo. Soube que o último disco foi feito na correria, por obrigações contratuais e que ela não esteve presente ativamente. Uma pena!

Acho que seu melhor trabalho atualmente foi o CD “The Confessions”. Depois disso ficou tudo muito descartável.

Já o que eu gosto é do material feito nas turnês Blondie Ambition e The Girlie Show. Aquela era a Madonna que os fãs da antiga sentem falta.

LR: Para encerrar, você  teve a oportunidade de conhecê-la pessoalmente?
Verônica: Infelizmente não... A Madonna não é uma pessoa muito acessível. Ela está sempre distante. A gente não vê nenhuma foto dela com fãs, ou coisa do gênero. Acho que esse é um sonho que não vou realizar.

LR: Obrigado pela entrevista! Deixe uma mensagem aos leitores do Blog Retrô.
Verônica: Minha mensagem é bem simples... Vivam em paz, curtindo boa música (e boa música é aquelas que vocês gostam), façam sempre o bem e tenham respeito com todas as tribos... É isso... aí!!!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

DEBBIE GIBSON: ALMA REFLETIDA EM CANÇÕES

"Álbum de 1993 pode ser considerado sua obra prima, graças a sua interpretação e músicas cheias de entusiasmo e paixão"

Por João Messias Jr.

Body Mind Soul
Divulgação
Além de entrevistas com bandas e artistas dessa saudosa época, serão comentados alguns discos correspondentes a este período e debutando no blog escolhi Body Mind Soul da Debbie Gibson, pois além de ser um dos discos que mais estou ouvindo hoje, o trabalho consegue eliminar qualquer resquício de tristeza existente nas pessoas.

Lançado em 1993, seu quarto trabalho de inéditas mostra um amadurecimento musical do estilo praticado desde os tempos de Electric Youth e Out Of The Blue, e tudo aqui está mais forte, dançante, e claro, melhor!

Body Mind Soul abre com Love Or Money, que já mostra que a moça não queria ninguém para baixo e a tônica aqui é fazer as pessoas dançarem e clamar por um pouco de alegria, e o trabalho continua nesta trilha com as empolgantes Free Me, Shock Your Mama, When I Say No (com uns pianos “espertinhos”), Kisses 4 One e o épico Tear Down This Walls com muito otimismo e paixão.

Debbie Gibson (1993)
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Para os fãs de Lost In Your Eyes, temos as belas How Can This Be e Goodbye, (encerramento do disco), que são tão boas ou melhores quanto, pois a voz de Debbie aqui está mais encorpada e forte além da produção estar muito melhor que em seus primeiros discos.

Body Mind Soul é excelente e merece ser ouvido de ponta a ponta!

Depois desse trabalho, pouco se ouviu falar de Debbie, mas ela está firme em sua carreira, podemos dizer que ela fez um pouco de tudo, atuou em musicais, fez ensaio sensual, duetos com artistas como Jordan Knight (New Kids On The Block) e continua lançando álbuns (o mais recente é Ms Vocalist de 2010).

Recentemente apareceu no vídeo de Last Friday Knight (Kate Perry), além de continuar tão bela quanto nos anos 80/90!

domingo, 6 de maio de 2012

CLAN OF XYMOX: "MUITA COISA ESTÁ PROGRAMADA PARA O SHOW DE SÃO PAULO

Após seis anos longe do Brasil, a cultuada banda Clan Of Xymox, ícone majoritário da darkwave/gothic, está de volta ao país para uma super performance. O grupo é atração principal da Dark Dimensions Party, que acontece no próximo dia 18 de maio, na Inferno Club, em São Paulo. E como não poderia ser diferente, os reis da escuridão prometem fazer mais uma histórica e memorável exibição aos fãs brasileiros.

Neste momento, o Clan of Xymox promove sua mais recente obra de arte, "Darkest Hour". Na entrevista abaixo, o líder Ronny Moorings comenta sobre a expectativa da banda em tocar novamente no país, revelou que já estão compondo um novo trabalho e comenta sobre os altos e baixos da carreira, além de outras impressionantes curiosidades.

Por Costábile Salzano Jr

Clan Of Xymox
Divulgação
O que o público pode esperar desta nova apresentação do Clan of Xymox no Brasil?
Ronny Moorings: Esta é mais uma questão do que nós esperarmos do público!? (risos) Da última vez, foi uma experiência incrível, o público foi tão entusiasmado e acolhedor que nos deu arrepios. Então, esperamos que esta nova experiência seja uma espécie de volta ao lar.

O que você pode nos adiantar sobre o repertório que vão apresentar por aqui. Alguma surpresa?
Ronny Moorings: Eu realmente não gosto de discutir meu setlist de antemão, porque esta seleção deve ser uma novidade para o público, sem expectativas para esta ou aquela música em especial. Posso dizer que vamos equilibrar todas as nossas obras, mas é claro que vamos destacar algumas novas composições que são muito importantes neste momento. Portanto, algumas coisas especiais estarão programadas.

Muitas bandas estão desembarcando no Brasil. Qual será a carta na manga que você vão tirar para tornar o show do Clan of Xymox inesquecível para seus fãs?
Ronny Moorings: Podem ter certeza que temos muitas cartas extras. Nossa performance terá um show de laser, adereços que descem do teto, projeção de filme em 3D, 20 telas de vídeo, som surround estéreo, cinco estrelas famosas, dançarinas de topless, obras de arte feitas especialmente para a noite e um conjunto exclusivo compôs e gravou para o Brasil. (muitos risos). Brincadeira. Nossos fãs estão ansiosos para ver e ouvir o que temos apresentado na Europa. Nada mais que isso.

Clan Of Xymox
Divulgação
Clan of Xymox ficou mundialmente conhecido por lançar excelentes discos. "In Love We Trust" foi um dos melhores recentemente. Qual foi a motivação durante o processo de composição de gravação do novo "Darkest Hour" para fazer um disco melhor que o anterior?
Ronny Moorings: Muito obrigado! Eu também continuo gostando muito do "In Love We Trust". Cada álbum que eu faço tem uma forma independente do anterior. Eu não penso muito como as coisas devem sair. Em "Darkest Hour" foi novamente um álbum que saiu do jeito que era para ser. Estou muito satisfeito que a música "In Your Arms Again" foi utilizada no filme "Girl With The Tattoo Dragão". Estou muito feliz com a forma de que este trabalho foi recebido pelos fãs e pela imprensa.

Após lançar muitos discos, que a sonoridade da banda vai passar por alguma mudança?
Ronny Moorings: Penso que eu encontrei o meu som ou o meu jeito de criar, mas ainda sinto a necessidade de fazer alguma coisa um pouco diferente a cada álbum. Tenho uma forma libertina capaz de escolher entre guitarra, teclados ou usar ambos. Isso me mantem pelo menos versátil. Cada músico está sempre à procura de seu próprio Santo Graal, a canção perfeita.

Você é considerado um rei para os amantes da darkwave/gothic. Essa pergunta é um tanto peculiar e acredito que muitos dos seus fãs gostariam de saber. Como é o seu processo de composição? O que te inspira?
Ronny Moorings: Na maioria das vezes ou quase sempre, eu começo pela música. A música me inspira a pensar em certas experiências, que resultam em letra de um certo tipo. A experiência não é necessariamente a minha, poderia ser algo que ouvi ou vi. É claro que existem canções pessoais. Às vezes escrevo músicas sobre coisas mais abstratas ou inspiradas por um livro que li.

O Clan of Xymox tem sido a atração principal de diversos festivais europeus. O que você tem a dizer sobre esses eventos. Existe um favorito?
Ronny Moorings: Cada festival tem a sua própria característica. Até hoje, gostei de todos em que tocamos (risos). Os festivais aqui na Europa, como você bem sabe, acontecem no verão. Alguns tem edições com vários dias, outros são mais simples, mas todos são super divertidos, agradáveis e bem organizados. Espero que todos continuem a ser bem-sucedidos como são.

Que tipo de música você tem escutado? Alguma indicação?
Ronny Moorings: Eu estou meio por fora da cena do heavy metal, mas sempre há novas bandas surgindo apresentando materiais interessantes. Curto muito indie rock e coisas na linha do Joy Division. Neste momento, eu realmente curti uma banda chamada Tying Tyfanny. Eles soam como uma versão melhorada do X Mall Deutschland, muito bom.

Vamos falar mais sobre o novo disco. Há alguma música a qual você está particularmente mas feliz de ter gravado? A resposta dos fãs determina que esse é o seu melhor disco?
Ronny Moorings: Na minha opinião, todas as músicas são importantes. Acredito que cada música deve ter o poder de te tocar lá no fundo. No entanto, é claro que cada composição passa por uma seleção e precisa estar adequada com a proposta do disco e passar pelos critérios para não acabar na prateleira. A resposta dos fãs é muito importante, mas só terei certeza disso quando tocarmos mais vezes as novas músicas novas ao vivo para ver se funcionam ou não.

Cada trabalho do COX tem um tema e uma vibe diferente. Como você poderia descrever esse novo disco?
Ronny Moorings: Creio que este é um álbum mais atemporal. Minha paixão por grandes melodias sensuais, experiências místicas de som e ritmos de dança de sedução é tão indestrutível como sempre foi. Melancolia, energia e determinação regra "Darkest Hour", um disco com faixas como "My Reality" ou o hit hipnótico "My Chicane" irá funcionar em qualquer pista de dança, mas que também oferece entretenimento envolvente em hinos como "Dream Of Fools "ou uma doce canção como" Wake Up My Darling ". "Crowned", como de costume, trazem meus vocais na paixão necessária para a sombria Dark Wave.

O novo álbum traz dez modernos clássicos da Dark Wave prontos para ser imediatamente introduzidas no cânone da música sombria. "Darkest Hour" é música para a noite, é a música para a vida e a morte, é a música para a eternidade.

Quais foram os pontos positivos e negativos da sua carreira?
Ronny Moorings: O ponto alto continua sendo o show para mais de 20 mil pessoas na Cidade do México, em grande estádio. Nós lançamos algumas gravações deste show em 2.000. Os piores momentos, eu bloqueie da minha mente. Minha última música chamada "Delete" é inspirada nestes sentimentos.

Vocês já se apresentaram em diversos países. Qual foi a experiência mais interessante?
Ronny Moorings: Com certeza, Machu Picchu. Nós tínhamos um show no Peru e os organizadores nos convidaram para conhecer aquele fabuloso lugar. Foi como se um sonho tivesse se tornado realidade e ainda ter uma das mais maravilhosas experiências da minha vida.

Quais são os planos do COX para 2012?
Ronny Moorings: Estamos agendando algumas apresentações pelo Mundo. Este fim de semana, tocaremos em um festival em Budapeste, Hungria. Além disso, eu estou trabalhando em um álbum especial, que deve ser lançado em setembro.

A The Ultimate Music - Press parabeniza pelo excelente novo disco e agradece pela entrevista. Por favor, deixe um recado aos fãs brasileiros.
Ronny Moorings: Muito obrigado pela atenção e pelo apoio. Com certeza não vemos a hora de reencontrar nosso amigos e fãs em São Paulo. Esperamos encontrar todos vocês de novo. Vocês são os melhores!

LUCIANO NASSYN:OLHANDO PARA FRENTE

Amigos, quando eu montei este blog, eu tive como idéia divulgar o que de melhor aconteceu na década de 80 e 90. E a primeira matéria teria de ser especial e marcante, para fixar a publicação como um veículo destinado a este período!
Depois de pensar e refletir, decidi  começar com algo que agradará os meninos e meninas que hoje tem mais de 30 anos, entrevistando o músico Luciano Nassyn, ou simplesmente o Luciano do Trem da Alegria, grupo que vendeu mais de 10 milhões de discos e teve muitas músicas de sucesso!
Nesta entrevista feita em ouubro de 2011, o músico falou de forma aberta, sincera e descontraída de presente, passado e futuro, onde pode ser conferido nas linhas abaixo:

O Passado com o Trem da Alegria

Luciano Nassyn
Foto: Divulgação
LADO RETRÔ: Luciano, vamos começar a matéria comentando do seu passado com o Trem da Alegria. Como foram aqueles anos em que você esteve no conjunto e quais as melhores recordações desta época?
Luciano Nassyn: Foram ótimas as lembranças! Sempre me trouxe muita coisa boa. Como sempre digo, o Trem da Alegria foi uma grande escola  pra mim!
LR: O Trem da Alegria conseguiu um grande feito nos Anos 80, pois seus álbuns venderam 10 milhões de discos. Qual a sensação de ter feito parte disso?
Luciano: Eu era muito novo na época, mas confesso que ás vezes sinto falta de ligar o rádio e ouvir nossas canções tocando. Realmente isso era emocionante!

LR: E você, junto com os outros integrantes do Trem, tiveram uma oportunidade que poucos tem e terão na vida,  pois ainda crianças vocês se apresentaram pelo Brasil inteiro. Como foi conciliar a vida “normal” de criança com a carreira musical?
Luciano: Acredito que para meus pais essa tarefa deve ter sido árdua. Pra mim foi o maior barato (risos)! Sempre levava numa boa! Eu sempre fui criança nas duas partes!

LR: E como tudo que tem um começo, tem um fim. Como foi sua saída do Trem da Alegria e como foi lidar com essa situação de incertezas?
Luciano: Se eu disser que foi fácil, estaria sendo demagogo.  Mas não foi impossível graças ao apoio de minha Mãe e meus irmãos. Trabalhei em várias coisas. Com carros, roupas, produção musical, aulas de música. Estudei guitarra e me aperfeiçoei no instrumento. Porém, continuo aprendendo (Risos)!
A vida é um eterno aprendizado! 

LR: E ainda comentando esse assunto, nesses casos o apoio da família é fundamental. Eles te ajudaram nesta fase de transição?
Luciano: SIM! E como…e até hoje. Família pra mim é confiança!… E na maior tradução da palavra, o verdadeiro “AMOR”! 

LR: Pouco tempo depois você iniciou uma carreira solo voltada para o Rock, me lembro até que você deixou os cabelos bem compridos, usava camisetas de bandas como o Metallica e Iron Maiden, e lançou um trabalho com essa imagem. O que as pessoas acharam dessa mudança de visual na época?
Luciano: Algumas curtiram … Outras não… . Mas é assim a vida (risos)! Não conseguimos agradar a todos! Digo que tudo tem uma fase. Naquela época era uma fase “Metal”. Agora estou na fase Pop Rock. Mas jamais deixo de ouvir um bom e velho “Maiden”(risos)!

LR: Além dos prêmios com o grupo, você chegou a receber prêmios individuais? Qual deles que você mais se orgulha?
Luciano: Em 2010 recebi o Troféu TOPTVZ da Multishow de melhor artista do ano , pelo clipe que eu mesmo produzi “Um algo além”  Esse me deixou emocionado!!!  

Presente e Futuro

LR: Seu trabalho mais recente é o álbum Um Algo Além, que foi produzido por Fernando Nunes, que tem em seu curriculum ícones como Zeca Baleiro e Cássia Eller. O que este profissional agregou na sonoridade do trabalho?
Luciano: Muita coisa! Esse álbum tem muito de mim, principalmente quando se fala em anos de composições. Com certeza no próximo álbum, a se basear pelo single “A HISTÓRIA QUE ACABOU” que foi produzido por “RODRIGO CASTANHO”, a atmosfera musical passou por algumas mudanças e fez com que enxergássemos novos  quadros, mas a essência musical interior, não muda… E se mudar? Não é verdadeira…

LR: Você lançou um vídeo para a música Ver A Luz. Como está a aceitação deste vídeo na internet e em programas como a MTV?
Luciano: Ver a luz não teve muita repercussão. Mas o vídeo que eu mesmo produzi da música título “Um algo além” ganhou notoriedade em algumas mídias. Graças a dedicação de meus fãs que me ajudaram a divulgar, chegou entre os 10 melhores no TOPTVZ, mais de 50.000 views no Youtube. Mas como sabemos, não só de notoriedade vive as emissoras não é mesmo (risos)?

LR: Essa questão eu sempre pergunto para quem é “das antigas”. Sabemos que o mercado fonográfico passa por grandes mudanças, e também que a venda de discos não sustentam mais as gravadoras, tampouco o artista, que se mantém hoje com os shows e venda de merchandising. Queria saber no que essa mudança interferiu na sua carreira?
Luciano: Estou navegando pelo quadro independente, e como a maré nem sempre fica calma por esses mares (risos)? Continuo na luta pra divulgar meu trabalho.
Tenho alguns projetos futuros que envolvem o CD “CIDADE LUNAR“… mas é surprise (risos)!
Hoje por causa da Internet a aproximação é maior com o fã,  e na maioria das vezes eles se tornam colegas, amigos, e até mesmo melhores amigos. E eles ajudam de verdade. Se não fossem meus fãs, não sei o que seria de mim!

LR: E para quem acha que você estava sumido, você tem feito muitas apresentações no circuito alternativo de São Paulo. E o que eu achei muito legal em saber é que você mescla músicas da sua carreira solo com as do Trem da Alegria, por isso eu acredito que há muita gente que acompanha a sua carreira desde o início. Qual a faixa etária e o tipo de público que vai nos seus shows hoje?
Luciano: Isso varia demais! Tem de 19 a 50! Hahahaha… Muito bom isso!!! 

LR: E ainda falando nos shows, acredito que muitas pessoas se emocionam quando você leva sons do Trem da Alegria, até por que vem a lembrança da melhor fase das nossas vidas, a infância. Você já chegou a presenciar alguma situação do tipo?
Luciano: SIM… Inúmeras vezes (risos)!

Possibilidades de um retorno comemorativo 

LR: Para encerrar, você mantém contato com os outros integrantes e se houvesse a possibilidade de reuni-los para fazer  uma tour, ou mesmo um DVD com os hits dos anos 80, você toparia?
Luciano: Tenho contato com quase todos. Digo quase, por falta de tempo em função da correria do dia a dia!.
Acredito que não… não rolaria um remake não! Por causa de nossos trabalhos atuais que não são direcionados ao público infantil. E com certeza pode confundir a turma (risos)!

LR: Luciano, obrigado pela entrevista! O espaço é seu!
Luciano: Quero agradecer a oportunidade de sempre!!
E peço ao Universo que continue sempre com essa LUZ e PAZ!!
Abraço de LUZ a todos!